dissabte, 16 de gener del 2016

Clarice Lispector (6)

Sou composta por urgências: 
minhas alegrias são intensas; 
minhas tristezas, absolutas. 
Entupo-me de ausências,
Esvazio-me de excessos. 
Eu não caibo no estreito, 
eu só vivo nos extremos.

Pouco não me serve, 
médio não me satisfaz,
metades nunca foram meu forte! 

Todos os grandes e pequenos momentos,
feitos com amor e com carinho,
são pra mim recordações eternas.
Palavras até me conquistam temporariamente...
Mas atitudes me perdem ou me ganham para sempre.

Suponho que me entender 
não é uma questão de inteligência 
e sim de sentir, 
de entrar em contato...
Ou toca, ou não toca.

                                Clarice Lispector

Me componen urgències:
les meves alegries són intenses;
les meves tristeses, absolutes.
M'embusso d'absències,
me buido d'excessos.
Jo no hi cap al que és estret,
jo sols visc als extrems.
El poc no em serveix,
el mig no em satisfà,
meitats mai foren el meu fort!
Tots els grans i petits moments,
fets amb amor i amb manyagueria,
són per a mi recordances eternes.
Paraules que em conquisten temporalment...
Però les actituds me perden o me guanyen per a sempre.
Suposo que entendre'm
no és una qüestió de intel·ligència
i sí de sentir,
d'entrar en contacte...
O toca, o no toca.

                                   C.L.
                             (Versió catalana: BRG)

Estoy compuesta de urgencias:
mis alegrías son intensas;
mis tristezas, absolutas.
Me obstruyen ausencias,
me vacío de excesos.
Yo no quepo en lo estrecho,
yo sólo vivo en los extremos.
Lo poco no me sirve,
lo medio no me satisface,
¡mitades nunca fueron mi fuerte!
Todos los grandes y pequeños momentos,
hechos con amor y con cariño,
son para mí recordatorios eternos.
Palabras que me conquistan temporalmente...
Pero las actitudes me pierden o me ganan para siempre.
Supongo que entenderme no es una cuestión de inteligencia
y sí de sentir,
de entrar en contacto...
O toca, o no toca.

                                   C.L
                      (Versión castellana: BRG)


Gala i Salvador Dalí (Somni de Venus, 1939)


Cap comentari:

Publica un comentari a l'entrada